Governador se reúne com Comitê de Monitoramento de Chuvas após mortes no Grande Recife

Paulo Câmara (PSB) participou de encontro a portas fechadas nesta quinta (25). Doze pessoas morreram em três cidades devido às chuvas: Recife, Olinda e Abreu e Lima.

Foto: Reprodução/TV Globo

Durante uma reunião do Comitê de Monitoramento de Chuvas, equipes de diversos órgãos do governo de Pernambuco buscaram soluções para restabelecer a rotina das famílias afetadas pelas enchentes e deslizamentos de barreiras na quarta-feira (24), no Grande Recife. Houve registro de 12 pessoas mortas e mais de 1,2 mil desalojados na região.

A reunião, a portas fechadas, ocorreu no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual localizada no Centro do Recife, e contou com a presença do governador Paulo Câmara (PSB) e representantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e casas Civil e Militar.

No encontro, foi reconhecida situação de emergência nos municípios de Igarassu, Goiana e Abreu e Lima, no Grande Recife; e Vicência, na Zona da Mata.

Governador Paulo Câmara (à direita) se reuniu com representantes das casas Civil e Militar, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros nesta quinta (25) — Foto: Hélia Scheppa/Divulgação

"Hoje está se tratando da regularização da situação de emergência desses quatro municípios e as equipes estão fazendo trabalho de limpeza daquelas áreas para que possam ser, no futuro, reocupadas", diz o secretário-executivo da Defesa Civil de Pernambuco, coronel Lamartine Barbosa.

A cidade de Olinda, que decretou situação de emergência na quarta (24), não foi contabilizada pelo estado. Nesta quinta, mesmo com o nível da água baixando, pontos de alagamento ainda dificultavam a circulação de pessoas na cidade, onde alguns bairros ficaram sem energia elétrica.

Rua Professor Marli Figueiredo, em local próximo ao Canal do Fragoso, ficou alagada na quarta-feira (24) — Foto: Luna Markman/TV Globo

Sobre a obra no Canal do Fragoso, alvo de reclamações de moradores devido aos constantes alagamentos, Barbosa disse que o problema é antigo e vem sendo trabalhado pelo estado e pela prefeitura de Olinda. "Em breve, não posso precisar o prazo, ele será concluído e entregue à população, dando uma condição melhor de segurança àquela localidade", conta.

Na avaliação do coronel Lamartine Barbosa, o trabalho realizado na quarta (24) foi positivo. "Avalio como eficiente, porque tivemos uma pronta resposta dos Bombeiros e um trabalho para evitar o que chamamos de segundo desastre, ou seja, equipes trabalhando e famílias sendo removidas e um desastre ocorrer por cima do desastre original", afirma.

Na Estrada do Passarinho, homem tenta passar com bicicleta por via atingida pelo deslizamento — Foto: Reprodução/TV Globo

Trégua da chuva

Após chover o equivalente a 20 dias em 12 horas em Olinda, a chuva deu uma trégua nesta quinta (25). Segundo o meteorologista Patrice Oliveira, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), apesar das nuvens que podem ser vistas no céu no Grande Recife, não deve chover.

O Corpo de Bombeiros informou que, durante a madrugada desta quinta, não recebeu chamadas para novos casos de buscas ou ajuda a ilhados em áreas de deslizamentos de barreiras e alagamentos.

Um trecho da Estrada do Passarinho, do lado de Olinda, ficou coberto pelo barro devido ao deslizamento da quarta-feira (24). De acordo com a Defesa Civil do município, o estrago é consequência da altura e força da terra, que desceu por mais de 200 metros da barreira até a pista.

Veja as cidades onde ocorreram as 12 mortes causadas pelas chuvas no Grande Recife — Foto: Arte/G1

Fonte: G1